Forças russas mostram sinais de reagrupamento na Ucrânia

Entendimento de ucranianos e de aliados ocidentais é que exista um movimento para repor perdas humanas e suprimentos

As forças russas não estão se retirando, mas se reagrupando na Ucrânia, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta quinta-feira (31) — um entendimento compartilhado pela inteligência do Reino Unido e Estados Unidos e observado no campo de batalha pelas tropas ucranianas.

“De acordo com nossa inteligência, as unidades russas não estão se retirando, mas se reposicionando. A Rússia está tentando se reagrupar, reabastecer e reforçar sua ofensiva na região de Donbass”, disse Stoltenberg a repórteres em Bruxelas.

“Ao mesmo tempo, a Rússia mantém pressão sobre Kiev e outras cidades. Portanto, podemos esperar ações ofensivas adicionais, trazendo ainda mais sofrimento”, complementou.

Em comunicado nesta quinta, o Estado-Maior ucraniano afirmou que o reagrupamento pode acontecer em Belarus.

O deslocamento de equipamentos militares russos na região serve “provavelmente para reagrupar unidades, bem como para criar uma reserva e repor as perdas humanas, armas e equipamentos de grupos que operam na Ucrânia”, diz o informe.

As forças ucranianas notaram “casos frequentes” de minas sendo colocadas em áreas recentemente retomadas pelas forças russas na região de Kiev, acrescentou o comunicado.

O Ministério da Defesa do Reino Unido disse, em uma atualização de inteligência na quarta-feira, que algumas unidades russas retornaram a Belarus após sofrerem pesadas perdas no campo de batalha na Ucrânia. Belarus tem sido uma base e área de preparação para as forças militares russas.

A Rússia “provavelmente continuará a compensar sua capacidade reduzida de manobra terrestre por meio de ataques de artilharia em massa e mísseis”, disse a pasta da Defesa do Reino Unido.

O secretário de imprensa do Pentágono dos Estados Unidos, John Kirby, disse também na quarta-feira que os EUA viram aproximadamente 20% das forças da Rússia se movendo contra o “reposicionamento” de Kiev, com algumas indo para Belarus.

Por Olga Voitovychda CNN* em Lviv, Ucrânia

31/03/2022 às 07:11 | Atualizado 31/03/2022 às 10:00

Fonte: CNN Brasil

 

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